25/04/2024

Embalagens biodegradáveis: conheça essa nova tendência e suas vantagens

Com forte conceito de sustentabilidade, as embalagens biodegradáveis viraram tendência entre as empresas. E são a escolha para a produção de embalagens para cosméticos, produtos pet, de higiene pessoal, entre outros. 

Elas surgem como uma alternativa para a preservação do meio ambiente, perante as bilhões de toneladas de plástico que viram lixo no planeta. 

Feita com material de origem vegetal, essas embalagens se desintegram na natureza, como um processo de degradação natural e benéfico ao meio ambiente. Por isso, ganha força em um mercado cada vez mais preocupado com o desenvolvimento sustentável.

E quais são os benefícios das embalagens biodegradáveis? Saiba essa e outras importantes informações destes produtos em nosso artigo. Continue conosco!

O conceito de embalagens biodegradáveis

Entendemos como embalagens biodegradáveis aquelas feitas com materiais naturais que se desfazem no meio ambiente. Isso evita que efeitos nocivos ao ecossistema sejam gerados. 

De acordo com a norma 15448-2 da ABNT, uma embalagem biodegradável é dividida em vários pedaços pequenos, contendo os microorganismos, como fungos e bactérias, em pedacinhos menores que 2 milímetros. 

Todo o processo produtivo é feito em até 90 dias, levando em consideração os níveis de toxicidade envolvidos, como o CO2 que é emitido.

Esse processo, chamado de biodegradação, é realizado por meio de microorganismos, que podem ser algas, bactérias ou fungos, por exemplo, que transformam o material em água, biomassa e dióxido de carbono.

Isso permite que a sua presença no ambiente seja menor, comparado às embalagens que não são biodegradáveis, o que diminui o impacto ambiental e os efeitos negativos na natureza, como contaminações, mortes de espécies de animais e plantas, etc. 

Quais são os tipos de embalagens biodegradáveis?

Existem diversos tipos de embalagens biodegradáveis que são fabricadas na indústria. Elas são feitas de materiais como o celofane, produzido a partir de celulose, resíduos vegetais e plástico biodegradável. 

Nos tópicos abaixo, vamos destacar os principais tipos de embalagens feitas com material biodegradável. Acompanhe. 

Embalagem de celofane

Nosso primeiro exemplo é a embalagem de celofane, feita com a celulose, um dos principais elementos nas paredes celulares das plantas. 

As embalagens são usadas na indústria alimentícia e de cosméticos secos. Ela não é indicada para embalar produtos líquidos e nem ser reciclada. 

Embalagem de plástico PLA

As embalagens feitas em plástico PLA, também chamado de plástico de poliácido láctico, também são muito usadas na indústria alimentícia ou cosmética.

Ele também é a matéria prima usada na fabricação de garrafas, sacolas, tampas, talheres, entre outros itens. 

Quando o plástico PLA é produzido, as bactérias geram o ácido lático com a fermentação de vegetais ricos em amido. Por isso, este plástico é reciclável, além de biodegradável.

Embalagem de milho e bactérias

Outros materiais são muito usados para produzir embalagens biodegradáveis os carboidratos da cana-de-açúcar, do milho ou óleo de soja. 

No caso do milho, sua embalagem biodegradável não promove reações tóxicas e imunológicas. Contudo, devido aos seus componentes, não pode ser usado para embalar alimentos, sob o risco de contaminação. 

Embalagens de papel

Também feita com base de celulose, a embalagem de papel é uma das mais antigas na humanidade e que ainda resiste na indústria. 

Além de sua ação biodegradável, é uma embalagem que pode ser reciclada por meio da  coleta seletiva.

Embalagem de fibra de coco

Feita principalmente para embalar alimentos, a embalagem de fibra de coco não tem Bisfenol, componente químico que pode ser prejudicial ao organismo humano.

Portanto, elas são opções sustentáveis de embalagens, e podem ser desenvolvidas facilmente, são grandes viés tecnológico 

Com a matéria-prima do coco, podem tanto ser recicladas quanto biodegradadas se colocadas em contato com o solo.

Embalagem de madeira

Embalagens feitas da madeira provenientes da árvore Eucalyptus  são um recurso natural amplamente cultivado ao redor de todo o mundo.

A produção é de baixo custo, incluindo a celulose e as fibras vegetais necessárias para a fabricação desses itens. 

A vantagem deste material é a sua resistência, e capacidade de reciclagem, já que pode ser usado diversas vezes, reduzindo seu desperdício. 

Além disso, pode ser personalizada, em diferentes desenhos e formatos. Como tem origem natural, a madeira não precisa  de certificação de compostabilidade.

Embalagem de plástico PHA e PHB

As embalagens feitas com o plástico PHA também são biodegradáveis. Este material é formado com estruturas semelhantes ao plástico de petróleo. 

O plástico PHA é feito com bactérias submetidas a condições de escassez, onde são privadas de nutrientes. E esta produção pode ser feita a partir de fontes de carbono.

Por ser um material biodegradável e natural, o plástico PHA é biocompatível e tem propriedades mecânicas parecidas com o plástico comum. Mas o seu diferencial está na possibilidade do uso sustentável.  

Portanto, pode ser considerado um material bioativo e que gera benefícios para a natureza. Para explicar melhor, entende-se como  materiais bioativos aqueles que apresentam condições semelhantes às condições do organismo, sendo compatível com ele. Assim, não gera danos ao meio ambiente. 

Veio para ficar?

Certamente, a tendência das embalagens biodegradáveis continuará conquistando mais o mercado com a proposta de sustentabilidade e economia de recursos. 

Porque sua principal proposta é neutralizar o impacto que a indústria causa ao meio ambiente na produção de embalagens, se preocupando em usar elementos biodegradáveis, que se aliam ao processo natural. 

Portanto, essa é uma realidade que veio para ficar, em questão dos avanços na produção e tratamentos de embalagens e o seu descarte correto. E a preocupação gera inclusive um diferencial competitivo no mercado. 

Mas vale lembrar que, devido às suas limitações, podem não ser a solução perfeita de sustentabilidade para o mercado de reciclagem e resíduos sólidos, no Brasil. Mas é um importante passo a ser considerado.